segunda-feira, 17 de março de 2014

Um Papa a serviço do povo



Jornal do Brasil
*Walmyr Junior

A Igreja celebra um ano do Pontificado do Papa Francisco. Uma enorme alegria toma conta de todo mundo, por entender que esta é a liderança que toda a sociedade admira, ouve, escuta e segue as suas orientações. Podemos facilmente chegar a conclusão que era um pontificado como o de Francisco que estava faltando para erguer a Igreja novamente. 

Com um sorriso cativante, um abraço acolhedor, mas também um pulso forte e de decisões que estremecem a estrutura milenar da Igreja, Francisco se preocupa apenas com o bem do seu rebanho, ou seja, o bem do seu povo. O Papa apresenta uma perspectiva teológica que o Cristo, pobre e humilde, está como modelo central da vivencia da fé. Como ele mesmo disse “Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!” (Discurso, 16 de março de 2013)

Com um olhar atento e penetrante, Francisco consegue alcançar com suas palavras o mais intimo da nossa alma. Sentir sua calorosa vontade de transformação nos impulsiona a querer sempre mais estar ao lado de Cristo e da sua Igreja, dessa igreja que vem sendo revelada. Ver tamanha humildade só nos mostra que somos iguais. Acredito que é isso que se pode aproximar do que Francisco se esforça a cada dia para nos mostrar:, onde luta para mostrar que não existe diferença entre nós, somos Filhos do mesmo Deus, mesmo sendo ele Papa e eu Leigo. 

Na vigília de oração pela paz, em 07 de setembro de 2013, o Papa usou as seguintes palavras: “Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa ser guardas uns dos outros!” Isso só mostra a relevância da cultura do encontro que tanto insiste em seus pronunciamentos. Viver uma fé sem o outro é impossível!

Para Francisco “A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura que este amor é fiável, que vale a pena entregar-se a ele.” (Lumen Fidei)

Durante a Jornada Mundial da Juventude, pude experimentar um pouco do que é esse homem. Um Papa determinado em revelar o amor de Deus, com o empreendimento de difundir a caridade, de espalhar a alegria e difundir os direitos humanos. 

Um Papa que constantemente fala: "Rezai por mim." Só mostra que a sua frágil humanidade é como a minha e de qualquer outra pessoa, limitada e condicionada ás falhas. Mas vejo que um simples inverno pode se tornar caloroso quando temos pessoas que nos levam pra frente da lareira. Vejo que esse tem sido o papel do Papa Francisco, aquecer nossos corações com o amor de Deus e com o fogo da fé, esperança e da caridade. Francisco com seu modelo de pastor, ensina para o clero que os padres não são nobres e os bispos não são príncipes, dando assim o exemplo de que devemos praticar aquilo que se prega, principalmente quando falamos da vida humilde de Jesus Cristo na cidade de Nazaré.

Em seu primeiro ano de pontificado, o Papa Francisco mostra um horizonte profético e utópico para a Igreja, num cenário de conflitos internacionais, com transformações aceleradas e de grandes duvidas sobre o nosso futuro temos pela frente o hoje para viver. A exigência de viver o ‘hoje’ cobra de nós novos caminhos e novas trajetórias, mas embalados pelo carismático pastor que está a serviço do povo vamos andar com fé porque a fé não costuma falhar. 



* Walmyr Júnior Integra a Pastoral da Juventude da Arquidiocese do Rio de Janeiro. É membro do Coletivo de Juventude Negra - Enegrecer. Graduado em História pela PUC-RJ e representou a sociedade civil em encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.

Nenhum comentário:

Postar um comentário