segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ano da Fé e JMJ: oportunidades para renovar a fé em 2013



Nesta segunda-feira, 31 de dezembro, último dia do ano, muitas pessoas param para refletir e pensar o que podem fazer de melhor em suas vidas no próximo ano. Para os cristãos católicos, esse é sempre um momento de renovar a fé, e em 2013 eles terão dois grandes auxílios para esta tarefa: a continuidade do Ano da Fé e a Jornada Mundial da Juventude.

Proclamado pelo Papa Bento XVI e iniciado em 11 de outubro de 2012, o Ano da Fé propõe aos fiéis do mundo inteiro uma verdadeira redescoberta da fé, o que vem sendo trabalhado com atenção pelo clero e religiosos do mundo todo.

O arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, publicou uma mensagem de Fim de Ano dirigida a todos os venezuelanos. Ele inicia o texto recordando justamente o convite do Santo Padre para que se celebre o Ano da Fé.

— Que se viva a fé católica em meio a um mundo secularizado, indiferente e por vezes contrário a Deus, escreve o Cardeal na mensagem.

E nesse contexto de renovação da fé católica, a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro será um dos grandes eventos de 2013 que vai ajudar jovens do mundo inteiro nessa missão. Em artigo publicado no último domingo, dia 30, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, destacou que, entre tantos legados já esperados nos grandes eventos, a JMJ Rio2013 terá um incomparável: “deixará a presença de um Deus Amor no coração dos jovens arautos da manhã e anunciadores de um mundo novo”.

Dom Orani enfatizou ainda que 2013 será o Ano da Juventude.

— Queridos jovens: o próximo ano é de vocês! (...) Animem-se para viver com intensidade a JMJ Rio 2013 e vamos testemunhar Deus Menino, nascido de Maria Santíssima, para nos salvar, exortou.



Fonte: www.arquidiocese.org.br

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nota de repúdio contra a redução da maioridade penal



Diante da tramitação da Proposta de Emenda a Constituição PEC 33 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, que visa a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, a Pastoral da Juventude (PJ) vem a público expressar seu repúdio à esta medida que atinge diretamente a vida de nós, jovens e adolescentes brasileiros.
A criminalidade e a violência, da qual estão inseridos/as adolescentes e jovens, são frutos de um modelo neoliberal de produção e consumo que opera na manutenção das injustiças socioeconômicas, e devem urgentemente ser transformadas, especialmente a partir da construção de políticas que garantam direitos básicos à juventude e adolescentes, como o direito à educação e saúde de qualidade, moradia digna e trabalhos decente. Além disso, o Estado brasileiro não tem efetivado a aplicação mais ajustada das medidas socioeducativas que estão previstas no  ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e  poucas são as iniciativas de execução de políticas públicas para a juventude, que são essenciais para uma vida digna e segura.  
Trancar jovens com 16 anos em um sistema penitenciário falido que não tem cumprido com a sua função social e tem demonstrado ser uma escola do crime, não assegura a reinserção e reeducação dessas pessoas, muito menos a diminuição da violência. A proposta de redução da maioridade penal é considerada inconstitucional e violação de cláusula pétrea, além de fortalecer a política criminal e afrontar a proteção integral.
Ser favorável a esta medida é também ferir o nosso desejo e horizonte de vida em plenitude para toda a juventude.  Por isso conclamamos a sociedade a compreender que é tarefa de todos/as trabalharmos pela cultura de paz, priorizando o cuidado, a escuta e o compromisso com a vida da juventude, adolescentes e crianças para um Brasil pleno de paz, justiça e dignidade. 

Autor/Fonte: Equipe do Projeto Nacional “A Juventude Quer Viver!”

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Leigos: anúncio do Evangelho na sociedade


Comemorado desde a década de 90 junto à Solenidade de Cristo Rei, o Dia Nacional do Cristão Leigo, instituído por determinação do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, é uma forma de ressaltar o leigo como um dos pilares da consolidação da Igreja. Desta forma, o Conselho de Entidades e Movimentos Arquidiocesanos de Leigos do Rio de Janeiro (CEMAL) reuniu-se nesta quarta-feira, 21 de novembro, no Edifício João Paulo II, para fortalecer a fé individual de cada um e estimular o compromisso dos leigos no serviço a Deus.


A noite começou com uma adoração, conduzida pela Renovação Carismática Católica, quando, diante de Jesus Sacramentado, foi possível envolver-se ainda mais na fé e no compromisso social, um dos pilares do leigo na Igreja. O bispo animador do CEMAL, Dom Roque Costa Souza conduziu a adoração. Logo em seguida, membros de pastorais e movimentos deram seus testemunhos sobre a importância do trabalho do leigo na sociedade.


Segundo o documento Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, “por leigos entendem-se todos os cristãos que não são membros da sagrada Ordem ou do estado religioso reconhecido pela Igreja”. Ou seja, são aqueles que foram batizados mas que não receberam nenhum ministério como os bispos, padres e diáconos. Iguais em dignidade, os leigos estão, a seu modo, a serviço do povo de Deus, na Igreja e na sociedade. O Concílio Vaticano II resgatou o papel fundamental dos leigos como membros do povo de Deus e protagonistas da Evangelização e da promoção humana. Segundo a coordenadora arquidiocesana do CEMAL, Ana de Sá, cabe aos leigos assumir o batismo e ir ao mundo anunciar a Palavra de Deus. 

— Devemos assumir nosso batismo. Nós, do CEMAL, buscamos articular os movimentos, pastorais e entidades para mostrar a nossa identidade no mundo porque, na verdade, o lugar do leigo não é dentro da Igreja. A gente vai à Igreja para receber graças, forças, para depois irmos para o mundo. É no mundo, na sociedade, que devemos buscar a nossa cara. Mas é difícil, afirmou.

A data relembra ainda a condição incorporada a Cristo pelo Batismo, pelo qual os cristãos fazem parte do mistério de amor que é a relação de Deus com sua Igreja. Celebrar o Dia do Leigo é também uma forma de orar pela vocação laical, muitas vezes esquecida. Para o membro do Movimento Comunhão e Participação Eduardo Gribel, muitos paroquianos ainda não compreendem o verdadeiro papel do leigo. Por isso, é preciso mostrar a vocação laical e atuar em todos os ambientes de convívio:

— Leigos são considerados aqueles que trabalham, atuam em alguma pastoral: um catequista, o pai e a mãe que tem uma vocação... A comunidade não entende esse papel de leigo. Então, precisamos mostrar a vocação do leigo a todo momento, porque nós fomos chamados a essa missão, através do nosso batismo, que é a missão de evangelizar, de levar a Palavra de Deus ao mundo todo. Nós estamos no mundo, então temos que atuar no mundo e temos que atuar no nosso trabalho, na nossa rua, no nosso condomínio, nas nossas escolas, porque é onde vivemos. O Padre pode não ter acesso a tantos lugares como temos no dia a dia. Então, cabe ao leigo entender a sua função. Onde eu estiver, eu tenho que atuar como cristão. Eu atuo com a minha palavra, expressando a Palavra de Deus e, acima de tudo, eu atuo com o meu testemunho, opinou. 



O próprio Papa Bento XVI, por ocasião da 6ª Assembleia Ordinária do Fórum Internacional da Ação Católica, que aconteceu em agosto desse ano, fez uma reflexão sobre o papel dos leigos na Igreja e afirmou que “a corresponsabilidade exige uma mudança de mentalidade no que diz respeito, especialmente, ao papel dos leigos na Igreja, que não devem ser considerados apenas “colaboradores”, mas corresponsáveis do ser e do agir da Igreja”. Nesse sentido, Dom Roque afirmou que o leigo é capaz de levar a Palavra de Deus ao mundo e assim contagiar as pessoas em diversos lugares:

— Buscamos a formação, o entender do mundo 
de hoje e percebermos que estamos inseridos numa realidade e que devemos levar a cultura do Evangelho a todos os ambientes. O leigo não deve ficar apenas sentado nos bancos da Igreja, mas deve se organizar em pastorais, procurando desenvolver um trabalho, um serviço da Igreja, não só no campo social, mas atingindo outros que estão em tantos lugares, que precisam também ser “cutucados”. Ser leigo não é só receber os sacramentos, mas viver os sacramentos no mundo. É trazer essa experiência de viver em comunidade procurando o próprio desenvolvimento da espiritualidade e não ficando apenas para si, mas indo a todos os ambientes. Dessa forma, é possível levar a Palavra, contagiar as pessoas, em tantos lugares, que precisam ver a luz. E essa luz do Evangelho é a luz que nós levamos, concluiu.

A Pastoral da Juventude do Rio participou da explanação do tema "Importância de celebrar o dia do leigo", na pessoa da coordenadora Arquidiocesana Aline Barbosa Almeida, falando sobre a importância do trabalho leigo na Igreja, em especial a juventude: "É com muita alegria que celebramos o dia do leigo, ainda mais neste tempo de preparação à Jornada Mundial da Juventude. Nós jovens temos um papel essencial no trabalho de evangelização, somos jovens evangelizando jovens. Somos leigos atuantes e confiantes no grande legado que a JMJ vai deixar para a Igreja, não só do Rio, mas do Brasil." Disse Aline.






Fonte: http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm