quarta-feira, 31 de julho de 2013

JMJ Rio 2013 e os números


    O assunto da semana ou melhor do ano de 2013 é a Jornada Mundial da Juventude que acaba de terminar, (ou talvez começar). O evento em si superou as expectativas inclusive numéricas. Muito se falou sobre os gastos públicos que a jornada gerou, no entanto esses gastos foram suplantados em muito pelo lucro gerado a cidade pela mesma. 

   Foram por volta de 1,8 bilhão injetados na economia de nossa cidade. Segundo o professor Osíris Marques, via O Globo, "Comparado à Copa das Confederações, que trouxe ao Rio R$ 105 milhões no mês passado, a JMJ foi bem mais poderosa, dezessete vezes maior. Os peregrinos que vieram do exterior tiveram despesas de R$ 81,30 por dia: Os estrangeiros gastaram quase o dobro, porque o turista internacional costuma viajar com mais dinheiro e está mais disposto a gastar"— diz Marques. Na Copa das Confederações, os turistas gastaram mais, em média R$ 209,9 por dia, no caso dos brasileiros; ou R$ 230,60, no caso dos estrangeiros. Porém, o impacto econômico da Jornada foi maior devido ao gigantismo do evento: 1,3 milhão de turistas, contra 37 mil que vieram ao Rio na Copa das Confederações. Além disso, segundo Marques, os peregrinos passaram dez dias na cidade, o dobro da permanência dos turistas da Copa das Confederações. Alguns fiéis chegaram a ficar mais de 15 dias no Rio revela, sem negar a surpresa, o professor Osíris Marques, logo depois de tabular os dados recolhidos pela equipe.


   Nunca houve um evento com um número tão significativo de jovens, e os mais numerosos hoje em dia, são aqueles que estão na moda. Lotar a orla do Leme ao Forte de Copacabana é no mínimo surpreendente se considerarmos que expressar sua fé não é algo que a sociedade pós moderna considere relevante.




   Na irrelevância que muitos intelectuais viam na JMJ, a surpresa com números que mostravam a grandiosidade deste evento. Até o recolhimento do lixo surpreendeu, foram retirados 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, cerca de 10% a menos do registrado na noite de Réveillon, em um evento muito maior! Segundo fontes do G1, após receber mais de 3,7 milhões de fiéis neste domingo (28), a praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, amanheceu sem acúmulo do lixo, com funcionários da Comlurb fazendo um "pente fino" na areia para retirar o que ainda sobrou de sujeira. "Copacabana sobreviveu. E sobreviveu bastante bem à Jornada Mundial da Juventude. Quem passou aqui ontem (domingo) e passa agora não acredita que teve um evento com milhões de pessoas neste bairro.", disse o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz.

   O transporte público parou, houve problemas na hospedagem e a mudança em cima da hora da Vigília de Guaratiba para Copacabana geraram questionamentos e críticas, mas tudo isso foi suplantado pelo olhar daquele que é o chefe da Igreja Católica, o novo Pedro! Católicos e não católicos se encantam com aquele que é o líder de nossa fé em sua simplicidade, humildade e amor ao próximo  Os números grandiosos são proporcionais ao tamanho da singeleza deste homem de fé inquebrantável, peregrino do amor como fora aclamado na cerimônia de despedida com os voluntários no Rio Centro! A Globo news transcreveu parte de uma entrevista concedida : O pontífice não soube explicar o fenômeno da evasão de fiéis no Brasil, mas apontou o afastamento da Igreja como uma possível causa. “Igreja é mãe. A mãe dá carinho, beija, ama. Quando a Igreja, preocupada com mil coisas, se descuida dessa proximidade, e só se comunica com documentos, é como uma mãe que se comunica com seu filho por carta. Não sei se isso aconteceu no Brasil, mas sei que aconteceu em algumas regiões da Argentina. Faltam sacerdotes, então alguns locais ficam desassistidos”, destaca.

   Mais do que números as expectativas de todos foi superada de forma única e inesquecível! 

   Resta agora começar novamente a JMJ, pq a jornada somente começou e nós jovens engajados devemos continuar nosso trabalho em nossas bases e na sociedade mostrando que a JMJ não foi só um evento celebrativo, mas a semente plantada nos corações de cada um seja jovem, adulto ou criança.


O sentimento pós-jornada


Depoimento da Sarah Nery (ex-coordenadora da 1ª forania no Vicariato Norte)

"Só tenho uma coisa pra partilhar: SENTIMENTO DE VAZIO!

A gente alarga o coração para receber 3,5 milhões de irmãos e aí quando eles vão embora, quando acaba a festa, é impossível voltar ao estado anterior. Falta algo, falta mi hermanos y hermanas, my brothers and sisters, miei fratelli e sorelle!! SAUDADES!

Vou lembrar da JMJRio2013 todos os dias até Cracóvia, em 2016! Em 2016, pensarei na JMJCracóvia2016 todos os dias até a JMJ seguinte! hehe

Obrigada Senhor por teres me feito para esse tempo, por ser jovem, por servir à Igreja, por tocar na Sua Graça em todos os momentos.

Obrigada por todos os meus amigos que falaram para o Papa!

Quando a Juliana chorou, eu chorei junto.
Quando o Walmyr deu um abraço no Papa, eu abraçei a TV e o Papa junto!
Quando a Ana Vitoria deu o testemunho dela para o mundo inteiro e para o Papa, eu pensei "COSAAAA???!!" (Sim, eu pensei em italiano! RISOS). Estava eu lá nas ruas de Copacabana, quando derepente uma voz familiar começa a falar! Começei a gritar! "My friend people! My friend!!". Não tinha como NÃO lembrar do retiro da Pajuvin, onde ela "treinou" para esse momento e tenho certeza que ela estava MUITO nervosa! Era como se eu estivesse ali junto com ela, dando o testemunho para o mundo!

Mas, meu Senhor, QUE ALEGRIA!
Muito obrigada pelo meu tempo de Pastoral da Juventude, pelos meus amigos-irmãos!

Obrigada pelo Halleluya Rio! A Festa que nos acaba! hahahaha Obrigada em especial pelos meus irmãos que serviram na minha equipe. Obrigada por seres DEUS e eu apenas uma pobre coitada! Obrigada por ter conhecido o som do Matt Maher (FRIENDS =DD) e do pessoal da Irlanda! WHAT IS THIS?!!!

OH MY GOD! GRAZIE MILLE FOREVER! THANK YOU PER TODA LA MI VIDA! YO HABLO TODAS LAS LINGUAS! SI, SI!

Fiz amigos do ALASKA, ILHAS MAURÍCIO, EQUADOR, MOÇAMBIQUE, CANADÁ, ESTADOS UNIDOS, IRAQUE, etc...

Senhor, obrigada por TUDO, TUDO! Obrigada por teres me escolhido sem mérito nenhum, obrigada por ter contado com o meu nada! Obrigada, obrigada!

JMJ = Amostra grátis do Céu!

Currículo: Sobrevivi à Jornada Mundial da Juventude.
Significado: Nunca mais esquecerei que o meu Deus é o Deus do Impossível e que o Céu é maneiro pra caracaaaa!!!!!!!!!!! O Céu é o meu lugar!

Amém!"

terça-feira, 23 de julho de 2013

Primeiro discurso do Papa Francisco no Brasil – 22/07/13

brasao_papa-francisco
Visita Apostólica do Papa Francisco ao Brasil 
Discurso no Palácio da Guanabara – RJ
Segunda-feira, 22 de julho de 2013
Senhora Presidenta,
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.
Os pais usam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençoo. Obrigado pelo acolhimento!
Fonte: Boletim da Santa Sé

terça-feira, 2 de julho de 2013

Católicos nas manifestações




            Nos últimos dias, ouviu-se por todo o país um grande clamor por parte da população, sobretudo da juventude brasileira. Através das redes sociais, os jovens organizaram-se e foram para as ruas lutar por dias melhores. No início, a principal reivindicação era contra o aumento das tarifas do transporte público. Não demorou muito, outras reivindicações somaram-se, assim como o número de participantes. Pouco a pouco, a juventude brasileira soltou a sua voz nas diversas manifestações em todo o Brasil e, para além da diminuição das tarifas do transporte público, bradou por outras mudanças. “O Gigante acordou!” – gritavam os manifestantes. Não era mais possível aceitar passivamente a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública. Dessa maneira, tornou-se inaceitável a violência contra a juventude e a desigualdade social. Assim, testemunhavam que a esperança ainda estava viva e atuante.

            Diante de todos esses acontecimentos, é necessário que nos perguntemos: E os jovens discípulos de Jesus inseridos na pastoral da juventude? O que pensar sobre isso? Devem ou não participar? Será possível viver a fé cristã e envolver-se em política? O que fazer?

            Naturalmente, as respostas para essas questões não são simplórias. No entanto, podemos realizar algumas breves reflexões que talvez nos ajudem a respondê-las e, em outro momento, aprofundá-las.

            O nosso querido e amado Papa Francisco, em um encontro realizado este ano com jovens estudantes de colégios jesuítas em Roma, declarou, ao responder a uma das perguntas que lhe foram dirigidas: “Envolver-se na política é uma obrigação para o cristão. Nós, cristãos, não podemos brincar de Pilatos, lavar-nos as mãos. Devemos envolver-nos na política, porque a política é uma das formas mais altas da caridade, porque procura o bem comum.
            O Youcat também nos ajuda a entender essa questão: “[440] É uma missão especial dos cristãos leigos empenhar-se na política, na sociedade e na economia com o Espírito do Evangelho, do amor, da verdade e da justiça. Para tal, a Doutrina Social da Igreja oferece-lhes uma clara orientação.”

            O Documento sobre a evangelização da juventude número 85 – CNBB na página 69 ensina: “Não se pode pregar um amor abstrato que encobre os mecanismos econômicos, sociais e políticos geradores da marginalização de grandes setores da nossa população. Aqui há necessidade de formar o jovem para o exercício da cidadania e direitos humanos à luz do ensino social da Igreja. Há a necessidade de conectar a fé com a vida, a fé com a política.”


            Está claro que o empenho do cristão na política é uma verdadeira missão. No atual contexto de manifestações, é razoável que o jovem católico também queira participar e contribuir na construção da sociedade. No entanto, a participação da juventude católica deve ser realizada com o Espírito do Evangelho. Isso significa que o jovem católico não deve ter uma postura violenta. Não estamos defendendo que o cristão seja passivo, mas, que seja verdadeiramente pacífico e comprometido com a justiça. Outro ponto importante é de que a sua ação deve ser iluminada pela luz dos ensinamentos sociais da Igreja, para que não corra o risco de abandonar a sua fé ou instrumentalizá-la para atingir interesses pessoais.

            Para tanto, é importante que o jovem católico estude. Não é saudável fazer política sem preparo, sem formação. Quando isso acontece, geralmente o jovem é manipulado pelas diversas ideologias existentes, e o pior, muitas vezes contrárias ao Espírito do Evangelho. Aqui, podemos apresentar algumas dicas sobre o que fazer:

1) Vida de oração, vida sacramental e, evidentemente, a participação na missa.
2) Vida comunitária em um grupo de jovens.
3) Leitura do subsidio da pastoral da juventude.
4) Estudo do Youcat.
4) Estudo da Doutrina Social da Igreja e dos documentos do Concilio Vaticano II.
5) Estudo dos documentos da CNBB, em especial, o documento 85 sobre a evangelização da juventude e da V Conferência Episcopal de Aparecida.
6) Leitura da Nota Doutrinal sobre algumas questões relativas a participação e comportamento dos católicos na vida política.
7) Leitura de jornais, revistas e livros sobre Fé e Política que estejam de acordo com o Magistério da Igreja.

            Mas como fazer? Não estamos interessados em fechar as possibilidades para esse preparo. Para tanto, a pastoral da juventude possui algumas práticas que certamente irão ajudar você e o seu grupo: realização de encontros, palestras, rodas de conversa, debates, participação em espaços que proporcionem a discussão sobre o assunto. Essas são algumas sugestões para a caminhada.

            Naturalmente, essas são apenas algumas dicas para um empenho político verdadeiramente cristão. Devemos aproveitar a oportunidade de que a juventude brasileira se mobilizou por uma série de causas e nos perguntarmos: o que pode fazer, então, a juventude católica? A Jornada Mundial da Juventude no Rio será uma excelente oportunidade para os jovens católicos mostrar para o Brasil e para o mundo que existem outros milhões de jovens que são capazes de se mobilizar não apenas para questionar esta civilização, mas, dispostos a darem as suas próprias vidas para construírem uma nova civilização do Amor. Esses jovens, não são apenas manifestantes, são peregrinos que caminham seguindo os passos de um Gigante que não acordou, porque nunca dormiu. Está vivo ontem, hoje e sempre. Nosso Senhor Jesus Cristo.




Texto: Pedro Suares (Assessor do Vicariato Norte)
Fotos: Internet

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Crianças deficientes estrelam em musical na JMJ

Um grupo formado por 13 crianças peruanas com deficiência física, a maioria cadeirantes, será uma das atrações do Festival da Juventude da JMJ Rio2013. Protagonizado por alunos do colégio La alegría en el Señor de Lima, Peru, o musical “Yo puedo” transmite a mensagem de esperança, superação e amor à vida.
O projeto é uma iniciativa das irmãs da congregação Servas do Plano de Deus. Elas contam que nos sete meses de ensaios muitas crianças tiveram progressos significativos na recuperação. Um dos meninos, que tinha os braços paralisados, passou a mexê-los durante os ensaios.
“Estamos muito contentes de poder apresentar esta obra na JMJ. Eu creio que é um milagre. É um milagre que a obra seja realizada por tudo que ela implica, por todo esforço exigido; é um milagre maior, no entanto, que eles possam estar na JMJ”, diz Ir. Elizabeth Sanches.
A viagem para participar do Festival da Juventude da JMJ Rio2013 será a primeira de avião das crianças. Devido aos poucos voos adaptados, eles precisarão viajar separados em diversos horários durante dois dias.
“No começo eu não me sentia tão inspirado, mas pouco a pouco fui me dando conta que podia dar muito mais. Por isso eu me inscrevi pela segunda vez para participar do musical. E quando eu entrei, surpreendi a mim mesmo por minha capacidade. Agora só tenho dois sonhos. Um é mostrar que um deficiente pode fazer muito. E o meu sonho pessoal é conhecer o Papa e mostrar também a ele o que todos deficientes podem fazer”, conta André, um dos meninos cadeirantes protagonistas do musical.
“É tão bonito como os jovens realizam seus sonhos, como dançam, como se movem, como surpreendem, que nos ensinam que não há nenhum limite para nada. Eu queria ir para a JMJ e me parece muito melhor ir assim”, diz Davi, de 17 anos que atua com os jovens deficientes no musical. 

Fonte: www.jmjrio2013.com