“O amor autêntico não tem um sentimento vago ou uma paixão cega.
É uma atitude interior que envolve todo o ser humano, que olha para os outros
para não usá-los, mas para servi-los. Em uma palavra, amor é o dom de si.” (João
Paulo II)
A banalização da
sexualidade salta aos nossos olhos cada vez mais rápido e nos faz questionar o
que leva alguém a se expor de tal maneira. Temos que entender que a informação
hoje nos chega muito mais rápido e numa proporção muito maior que anos atrás. Globalização,
interatividade, conectividade: tremenda revolução na história, nas relações
sociais. Cada vez mais, o ser humano tem acesso a certas informações sem o
mínimo de controle e critério. O que atrás era tido como coisa inocente e
infalável, hoje é tida como uma mera normalidade entre os jovens. Como agem os
pais sobre isso? Há diálogo. É preciso abrir o jogo, temos que falar
abertamente e entender o que podemos ou não e qual o significado dessas
propostas em nossas vidas.

Nessa busca é a
nossa felicidade que está em jogo. Por isso não devemos nos distrair. No inicio
da Sagrada Escritura, em Gênesis1, lemos que Deus é Amor e que Ele nos fez a
sua imagem e semelhança. Logo nós somos criação do amor mais puro. Nós, homens
e mulheres, fomos projetados para Amar. É por isso que em Gênesis ao criar a
mulher Deus fala:”Não é bom que o homem esteja só.” (Gen 1, 18). Constituído a
imagem e semelhança de Deus, homens e mulheres só descobrem a verdadeira
identidade ao se doarem sinceramente para o outro. A totalidade de
experimentação desse dom acontece no matrimonio ou na vida celibatária, pois ambos
representam o casamento de Cristo com sua Igreja. Segundo João Paulo II a sacramental
idade do corpo é que somente o nosso corpo pode fazer visível o invisível.
Nosso corpo, criação de Deus, é capaz de transbordar para o mundo o mistério de
Deus. Nosso corpo faz a graça de Deus materialmente visível, logo todos os
nossos desejos devem ser direcionados parao verdadeiro amor. Nosso corpo é
sagrado. Só que quantas vezes muitos Jovens perdem a noção dessa sacralidade e
vivem relações carnais? E continuam vivendo, buscando algo que parecem nunca
encontrar... Que sede é essa? Que busca é essa? Eles buscam AMAR e serem
AMADOS... Só que essa sede só consegue ser saciada quando nos tornamos o que
devemos ser: imagem e semelhança de Deus, de Deus que é Amor. Fomos criados
pela VERDADE e muitas vezes deixamos nos levar pela inconstância dos
sentimentos e largamos um “eu quero ser feliz”, e sedemos, mas só a Verdade nos
leva a felicidade. A verdade é constante, é imutável.

Agora perguntamos: será
que é correto fazer algo que eu não posso contar e narrar em voz alta? Algo que
eu tenho medo que alguém descubra? Pode até parecer legal aquela relação sexual
que você mantém, tem horas que você até acha um pouco divertido... Mas por que
ninguém pode saber? Alguém, algo dentro de você diz que esse não é o caminho...
Se fomos feitos pela Verdade como ter vergonha do que fazemos? Isso realmente deixa
você feliz? Então se o desejo da Verdade, do Deus que conosco sonhou e nos
constituiu é a castidade, temos que buscá-la para sermos felizes. Mas... O que
é exatamente a castidade e por que ela traz felicidade? A castidade é uma virtude.
Uma virtude são hábitos que nos conduzem a realizar aquilo que é bom. (e Deus é
bom, e tudo o que Ele criou é muito bom). A castidade está subordinada a
virtude cardeal do autodomínio ou da temperança. A castidade é a maneira de aprendermos
a amar do jeito certo e não apenas uma forma de controlarmos os nossos desejos.
Castidade como o mundo prega não é reprimir os nossos desejos e trancá-los de
uma forma que sempre pareçam que vão explodir. O convite a vida em castidade é
uma proposta de Deus para levarmos por meio da força de nossos desejos o outro
a verdadeira experiência do amor. A castidade deve ser vivida como uma entrega
de amor ao outro, e é esta doação, que é fruto da Verdade que nos criou que
levará a verdadeira felicidade. A castidade é um exercício de quem decide amar
para escolher o bem.
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Deus te ama, Cristo
na cruz deu a vida por cada um de nós. E você? Dá a vida pelo seu namorado, por
sua namorada? Segue o mandamento que diz
“Amai-vos uns aos outros como eu vós amei”?
Quando um casal de namorados se recusa a viver a castidade, mesmo que em
comum acordo, estão se usando mutuamente (e segundo João Paulo II o posto de
amar é usar e não odiar). Estão se recusando a sacrificar-se um pelo outro,
assim como Cristo se sacrificou por nós através da própria vida. A castidade jamais
pode separar um casal como muitos pensam, ela é o caminho e a proposta do
verdadeiro amor, ela nos leva a amar de verdade, ela nos ensina amar. O ato
sexual não é capaz disso. Viver a castidade no namoro nos ensina a descobrir a verdadeira
beleza do nosso companheiro / companheira, sonhado e criado por Deus para amar
e ser amado. Ensina-nos a ter autodomínio de nossos desejos. Ensina-nos que os
desejos e fogos da carne são controláveis para o verdadeiro amor. Por isso, o
casal de namorados que decide viver a castidade, quando estiver mais velhos e
casados saberão melhor controlar as tentações de novos homens e mulheres que
possam aparecer aguçando desejos sexuais. Saberão controlar-se, pois ainda
quando novos descobriram por meio da castidade a beleza do outro, porque
aprenderam que o ato sexual (oferecido banalmente por muitos) é um dom de Deus
vivido pelo matrimônio para aqueles que se dispuseram a viver a Verdade e
encontram o amor mais puro para o qual foram criados e chamados a viver.
Quanto ao
matrimônio, São Paulo pede para o casal suportar um ao outro, amando mutuamente
e perdoando. O marido deve amar sua mulher assim como seu corpo, pois o homem
que ama sua mulher, ama-se a si mesmo. E Jesus é bem claro como descrito no
Evangelho de São Mateus e diz “que o homem deixará sua casa e se unirá a sua
mulher e os dois formarão uma só carne”. Palavras tão belas e fortes como essas
ainda ecoam nos corações de muitos casais, jovens ou não, e são um estímulo
para viver um casamento sadio e de respeito. Mas, infelizmente, ainda vemos o
adultério, o morar junto para a vida toda sem o matrimônio, casais que se
separam logo após o casamento e tantas outras coisas
Assim, pode-se concluir da maneira como trata
o texto base da CF 2013 que “nesse contexto de transformações, o sistema
econômico neoliberal,hegemônico nas economias industrializadas, submete
o processo de produção a muitas cobranças e a uma árdua competição.Essa
mentalidade se reproduz no mundo pessoal e faça lógica da graça soar
particularmente estranha no horizonte das relações interpessoais. Assim,
presenciamos, especialmente entre os jovens, a consolidação de uma afetividade
autônoma e narcisista que dificulta o estabelecimento de relações estáveis e
compromissadas, como a abertura às interpelações do outro, fonte básica da
eticidade”.
Jovem,
a Pastoral da Juventude tem um projeto chamado Tecendo Relações que tem entre
os seus propósitos conscientizar os jovens para que viverem verdadeiras relações
sociais baseadas no amor, defendendo a castidade, o namoro santo e a construção
do projeto de vida. Se você deseja saber mais sobre o assunto ou quer realizar
uma partilha entre um grupo de jovens com essas temáticas, entre em contato,
estamos a disposição. Em agosto teremos um curso de formação, fique atento ao
blog e a funpage da PJ Rio no face.
“A castidade é uma questão difícil e que
trabalha a longo prazo; é preciso paciência para colher seus frutos, que trarão
a alegria de um amor cheio de gentileza. Mas, ao mesmo tempo, a castidade é o
caminho certo para a felicidade.” (João Paulo II)
Texto: Aline Pessôa (Coordenadora da PJ no Vicariato Leopoldina)
Ariel Carvalho (Coordenador da PJ no Vicariato Urbano)
Imagens: Internet
Ariel Carvalho (Coordenador da PJ no Vicariato Urbano)
Imagens: Internet
Referências:
Audiências Papa João Paulo II – Teologia do corpo (disponível em www.vatican.va)
JOÃO PAULO II. Amor e Responsabilidade.
BUTLE, Brian e EVERT, Jason e Crystalina. Theology of Body for Teens.