“Não se trata de saber
utilizar a Internet, senão de saber ensinar no espaço eletrônico, na televisão,
nos jogos em rede. Ensinar, motivar, corrigir, atender e promover relações
grupais.”
(QUIROZ,
T. Jovens e Internet, p. 156.).
Na
sociedade complexa e desconexa que vivemos atualmente se faz extremamente
necessário o entendimento da importância da comunicação por meio das novas
mídias, como parte do processo de construção social; sendo esta vista como meio
através do qual são passadas as gerações futuras o conhecimento simbólico,
técnico e empírico, caminho pelo qual se projeta o desenvolvimento e as
mudanças sociais.
A
partir deste pressuposto, como se relaciona a juventude atualmente com as novas
mídias? E como a partir deste relacionamento “negociam significados, navegam social e culturalmente na
vida cotidiana e como narram suas experiências? ”(TUFTE, 2010, pg.52)
Neste
sentido, ao pensar na juventude como protagonista de sua própria historia, deve
se fazer a reflexão se por meio das novas mídias esta mesma juventude, têm se
constituído de atores e/ou cidadãos críticos, que a partir do conhecimento
adquirido por meio da inserção e utilização dos meios de comunicação, conseguem
responder a injustiça, a desigualdade e insegurança de forma crítico-dialético,
ou se este contato imediato e fugaz faz com que sejam alicerçados anti-valores,
que produzem apenas consumidores de bens e serviços, que muita das vezes
reproduzem contra valores éticos e fora das solicitudes da missão de Jesus
Cristo?
Neste
concerne, ao se pensar na inserção da juventude na sociedade por meio das
Midas, deve-se tomar por base o conceito defendido por Rodriguez, sobre Mídia
Cidadã, que pode ser definida como aquela que cumpre sua missão social, de
transformar e intervir efetivamente sobre o panorama midiático estático atual,
que tanto propaga uma cultura de desrespeito das diferenças e defende valores
etnocentristas que tanto se afastam das opções evangélicas. Por isso o autor
afirma que:
“(...) Que estas mídias estão contestando
os códigos sociais, identidades legitimizadas e relações sociais institucionalizadas
e, (...) que estas práticas de Comunicação fortalecem a comunidade envolvida
até o ponto em que estas transformações e mudanças são possíveis.” (2008, p.1131).
Deste modo, a juventude vista como
agente transformador de mudança e transgressão evolutiva social deve utilizar
as mais variadas formas interativas de comunicação, participação eletrônica,
para celebrar sua criatividade e assim promover práticas de difusão de valores
do circulo de vida, que são esquecidos na efemeridade comportada pela evolução
da comunicação social, para assim eficazmente atender ao chamado do Cristo que
é: “Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura”. (Marcos 16:15)
Por
isso, ao se relacionar Juventude, Mídias e Sociedade devemos pensar que os
jovens por meio da comunicação social devem promover um espaço de construção de
quebra de paradigmas sociais, que impossibilitam a mudança social e cultural, para
assim construir pontes entre os debates atuais e as mais diversas formas de
expressões juvenis, de forma a enfatizar a cultura popular e valorizar seu
potencial transformador.
Por Renata de Souza Silva
Assistente
Social
Especialista
em Gestão em Saúde Pública, Violência Contra Criança e Adolescente e Gênero e
Sexualidade.
Assessora da
Pastoral da Juventude – Vicariato Suburbano
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