O tão aguardado e
temido vestibular é uma realidade para a massa da juventude. Muitos
de nós ficamos apreensivos até o dia da prova. É um momento
importante, já que é um marco de uma nova etapa em nossas vidas,
indicando um amadurecimento, um crescimento para cada um de nós.
As escolas, cada vez
mais especializadas em vestibulares, tratam esse momento como produto
e oferecem cursos, intensivos, simulados entre outros a fim de
“preparar” o aluno para o dia da prova. Além disso, monitorias,
fins de semana para estudar, provões, provinhas. Quase não há
tempo para o jovem.
Há uma pressão
gigantesca, interna e externa. De um lado os pais, parentes e a
sociedade que diz que é preciso alcançar um status social alto, com
padrões de vida que, muitas das vezes, fogem do vivido. Do outro o
estudante, que quer ser bem sucedido, conseguir um lugar de destaque
no mercado de trabalho, ter conforto profissional, e, para isso, se
dedica de tal forma que passa a deixar amigos, programas que
costumava fazer, ir ao grupo jovem, à igreja.
Muito é investido
pelas pessoas quando o assunto é um concurso em geral. Cursinhos
preparatórios são muito procurados tendo em vista seus índices de
aprovação, que são divulgados como troféus. Mas será que todo
esse estudo e tempo investido foram satisfatórios. Será que
realmente é isso que eu quero levar pra minha vida?
O desafio enfrentado
por muitas pessoas é definir seu objetivo quanto ao curso que quer
seguir. É comum pra várias pessoas abandonar um curso já no fim e
entrar em outro. Isso acontece por que ainda não descobrimos o
verdadeiro rumo que queremos (o que é normal, já que precisamos
aprender e viver para nos descobrirmos). É necessário, que desde a
escola nos seja oferecido uma indicação do rumo profissional, uma
introdução ao trabalho, afinal de contas a escola, além de nos dar
a formação acadêmica deve nos dar também formação cultural,
social, profissional... enfim, uma FORMAÇÃO INTEGRAL.
Se houver a
infelicidade de não passar no vestibular e o aluno precisar
trabalhar? Será que ele estará apto somente com o ensino básico
que foi oferecido? As escolas tratam o vestibular como se fosse um
fim em si mesmo. Ele acaba deixando de ser apenas um momento para ser
a vida do estudante. É necessária uma indicação das profissões,
o que há depois do vestibular. No final das contas, a ideia de
formação integral do aluno, vendida por muitas instituições
educacionais, não vai muito além de ensinar a reciclar o lixo ou
colocar o feijão no algodão.
Por Junior e Leandro, coordenadores da PJ do Vicariato Oeste
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