O nascimento de Jesus, o Cristo Senhor, na carne, é celebrado neste final de semana com toda solenidade. O clima que nasce ao redor deste acontecimento quer que deixemos de lado toda tristeza, ansiedade, angústia, que se esqueçam as adversidades, decepções e desilusões e tudo quanto possa colocar em risco o nosso entusiasmo, para que a nossa única reação seja aquela da alegria e da exultação. A liturgia é abundante e efusiva, com 3 formulários próprios para a celebração do dia de Natal. Com esta solenidade, nós iniciamos oito dias de comemoração festiva, que chamamos oitava de Natal. “Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade. Todos se regozijam em tua presença”, diz a leitura de Isaías, proclamada na missa da noite.
A alegria e felicidade do Natal querem também que esqueçamos quaisquer divergências, disputas e desentendimentos entre nós, deixando de lado o que possa causar divisão para encontrar Aquele que, com certeza, será capaz de unir e aumentar a paz, a serenidade e o espírito de concórdia, que sempre brota da unidade da vinda do Deus encarnado para a nossa salvação. A reconciliação e o perdão são consequências da alegria da vinda do Verbo de Deus entre nós: “hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor”.
Como o Verbo se fez carne para habitar entre nós, assumimos que concordamos em viver juntos com Ele e, consequentemente, assumir todas as suas expectativas. A sua presença nos envolve a ponto de despertar sentimentos tão bons, como vemos retratados nas pessoas nestes dias benditos, e certamente a nossa vida não pode permanecer a mesma. Somos incentivados a sair das amarras da maldade, maledicência, mediocridade e superficialidade, que não são apropriados para a verdadeira vida, para aspirar a novidade do viver em Cristo em todas as formas e dimensões do existir e, portanto, na ótica da paz e do amor.
Na profissão de fé, recitamos nestes dias, genuflexos e com o coração alegre, que "por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus". Para a revelação bíblica, o mais importante é que Deus "ama", e amou primeiro (cf. 1 Jo 4, 10.19). Deus quis a Encarnação do Filho não apenas para ter alguém fora da Trindade que O amasse de um modo digno de si, mas sim de alguém para amar de um modo digno de si mesmo, que é sem medida!
No Natal, quando chega a luz do Menino Jesus, Deus Pai tem alguém para amar na medida infinita, porque Jesus é Deus e homem, porém não somente Jesus, mas também nós, junto com Ele. Nós estamos incluídos neste amor, e tornamo-nos membros do Corpo de Cristo, "filhos no Filho". Isso nos vem lembrado pelo Prólogo de João: "Para todos quantos o receberam, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus."
Cristo, portanto, desceu do céu "para a nossa salvação", mas o que O levou a descer do céu para a nossa salvação foi o amor, nada mais que o amor. O Natal é a prova suprema da "filantropia" de Deus, como a Escritura chama (Tito 3, 4), isto é, literalmente, do seu amor para com toda a humanidade. A resposta ao porquê da Encarnação foi escrita de forma muito clara nas Escrituras, pelo mesmo evangelista que escreveu o Prólogo: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16).
Qual deve ser, então, a nossa resposta à mensagem de Natal? "Como não amar Aquele que tanto nos amou?" Podemos fazer muitas coisas para celebrar o Natal, mas aquela mais real e mais profunda é sugerida a nós por estas palavras: um pensamento sincero de gratidão, de emoção e de amor por Aquele que veio habitar entre nós é o dom mais excelente que podemos dar ao Menino Jesus.
Porém, o amor precisa ser traduzido em ações concretas. Apesar de toda beleza do Natal, das celebrações, cânticos, enfeites, necessitamos dar um passo importante que deve marcar nossa vida: vamos aos pobres, aos que sofrem e estaremos nos encontrando com Ele (o que fiezerdes ao menor de meus irmãos...). Isto significa não só dar ajuda concreta, mas também uma palavra boa de esperança, um encorajamento, uma visita, um sorriso, enfim, uma presença de paz e fraternidade. Estas seriam as luzes mais bonitas que poderíamos acender no nosso presépio.
Então, Feliz Natal para todos! Para você que o esperou e o invocou. Para você que simplesmente não quer conhecer a Deus e tudo o que Ele fez e faz pos nós. Para você que se sente perto d’Ele, porque, como Ele, vive na periferia da história. Para você que está tentando dar um passo em direção a Ele e não consegue ver que Ele já fez cem passos para você. Para você que depois de anos fará o Natal sem o seu amado esposo ou sem a amada esposa. Para você que contempla profundamente em silêncio este mistério. Para você que agora tem em seus braços uma criança tão esperada e amada. Para você que trabalha incansavelmente no evento Bote Fé, com a peregrinação da Cruz Peregrina e do ícone de Maria em vista da JMJ RIO2013. Para você que quer fazer do Rio de Janeiro a cidade que em 2013 vai dizer ao mundo que acredita no futuro e ama a juventude. A você que compartilha das preocupações pastorais da Arquidiocese e se coloca disponível para a missão. A todos que buscam a vida e a verdade, e que nestes dias se interrogam sobre o sentido de sua vida. Você que genuflexa diante do mistério do Natal e quer seguir os ensinamentos do Verbo encarnado.
Feliz Natal para todos! Que o dia de Natal nos ajude a iluminar a nossa vida, de verdade, com a única luz que não se apaga: o Deus Menino que nos foi dado como Redentor!
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano
A alegria e felicidade do Natal querem também que esqueçamos quaisquer divergências, disputas e desentendimentos entre nós, deixando de lado o que possa causar divisão para encontrar Aquele que, com certeza, será capaz de unir e aumentar a paz, a serenidade e o espírito de concórdia, que sempre brota da unidade da vinda do Deus encarnado para a nossa salvação. A reconciliação e o perdão são consequências da alegria da vinda do Verbo de Deus entre nós: “hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor”.
Como o Verbo se fez carne para habitar entre nós, assumimos que concordamos em viver juntos com Ele e, consequentemente, assumir todas as suas expectativas. A sua presença nos envolve a ponto de despertar sentimentos tão bons, como vemos retratados nas pessoas nestes dias benditos, e certamente a nossa vida não pode permanecer a mesma. Somos incentivados a sair das amarras da maldade, maledicência, mediocridade e superficialidade, que não são apropriados para a verdadeira vida, para aspirar a novidade do viver em Cristo em todas as formas e dimensões do existir e, portanto, na ótica da paz e do amor.
Na profissão de fé, recitamos nestes dias, genuflexos e com o coração alegre, que "por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus". Para a revelação bíblica, o mais importante é que Deus "ama", e amou primeiro (cf. 1 Jo 4, 10.19). Deus quis a Encarnação do Filho não apenas para ter alguém fora da Trindade que O amasse de um modo digno de si, mas sim de alguém para amar de um modo digno de si mesmo, que é sem medida!
No Natal, quando chega a luz do Menino Jesus, Deus Pai tem alguém para amar na medida infinita, porque Jesus é Deus e homem, porém não somente Jesus, mas também nós, junto com Ele. Nós estamos incluídos neste amor, e tornamo-nos membros do Corpo de Cristo, "filhos no Filho". Isso nos vem lembrado pelo Prólogo de João: "Para todos quantos o receberam, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus."
Cristo, portanto, desceu do céu "para a nossa salvação", mas o que O levou a descer do céu para a nossa salvação foi o amor, nada mais que o amor. O Natal é a prova suprema da "filantropia" de Deus, como a Escritura chama (Tito 3, 4), isto é, literalmente, do seu amor para com toda a humanidade. A resposta ao porquê da Encarnação foi escrita de forma muito clara nas Escrituras, pelo mesmo evangelista que escreveu o Prólogo: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16).
Qual deve ser, então, a nossa resposta à mensagem de Natal? "Como não amar Aquele que tanto nos amou?" Podemos fazer muitas coisas para celebrar o Natal, mas aquela mais real e mais profunda é sugerida a nós por estas palavras: um pensamento sincero de gratidão, de emoção e de amor por Aquele que veio habitar entre nós é o dom mais excelente que podemos dar ao Menino Jesus.
Porém, o amor precisa ser traduzido em ações concretas. Apesar de toda beleza do Natal, das celebrações, cânticos, enfeites, necessitamos dar um passo importante que deve marcar nossa vida: vamos aos pobres, aos que sofrem e estaremos nos encontrando com Ele (o que fiezerdes ao menor de meus irmãos...). Isto significa não só dar ajuda concreta, mas também uma palavra boa de esperança, um encorajamento, uma visita, um sorriso, enfim, uma presença de paz e fraternidade. Estas seriam as luzes mais bonitas que poderíamos acender no nosso presépio.
Então, Feliz Natal para todos! Para você que o esperou e o invocou. Para você que simplesmente não quer conhecer a Deus e tudo o que Ele fez e faz pos nós. Para você que se sente perto d’Ele, porque, como Ele, vive na periferia da história. Para você que está tentando dar um passo em direção a Ele e não consegue ver que Ele já fez cem passos para você. Para você que depois de anos fará o Natal sem o seu amado esposo ou sem a amada esposa. Para você que contempla profundamente em silêncio este mistério. Para você que agora tem em seus braços uma criança tão esperada e amada. Para você que trabalha incansavelmente no evento Bote Fé, com a peregrinação da Cruz Peregrina e do ícone de Maria em vista da JMJ RIO2013. Para você que quer fazer do Rio de Janeiro a cidade que em 2013 vai dizer ao mundo que acredita no futuro e ama a juventude. A você que compartilha das preocupações pastorais da Arquidiocese e se coloca disponível para a missão. A todos que buscam a vida e a verdade, e que nestes dias se interrogam sobre o sentido de sua vida. Você que genuflexa diante do mistério do Natal e quer seguir os ensinamentos do Verbo encarnado.
Feliz Natal para todos! Que o dia de Natal nos ajude a iluminar a nossa vida, de verdade, com a única luz que não se apaga: o Deus Menino que nos foi dado como Redentor!
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano
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