quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Carta do Papa Francisco ao Encontro Nacional da Pastoral da Juventude

Alegria, reconhecimento, emoção...

Irmãos e irmãs de fé e caminhada, 

Foto do Facebook da Pastoral da Juventude Nacional
Mais uma vez o nosso Santo Padre, Papa Francisco se dirige as juventudes brasileiras de forma bondosa e como um pai zeloso com seus filhos.
Tenho certeza que cada um/a teve um sentimento diferente ao ler a carta do Papa. Em tempos em que se fala para grande massa, sermos chamados pelo "nome" como sinal de identificação é importantíssimo para o continuar a caminhada.

É incrível suas palavras fez arder à chama nos nossos corações, Francisco reconhece nossa caminhada “tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador”. E nos motiva a ir além, dizendo que não podemos perder a esperança e UTOPIA.
Francisco não enviou uma carta, enviou uma mensagem direta para nossos corações. Aproveitemos desse sentimento e dessa motivação para voltar as nossas bases com espirito missionário e transmitir para nossos jovens e comunidades.

Foto do Facebook da Pastoral da Juventude Nacional


Foto do Facebook da Pastoral da Juventude Nacional

Segue a baixo a carta na integra: 
Mestre onde moras? Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)

 Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas. É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro. Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro. Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42. Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo? E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade. Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano. Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade. Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago. Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria. Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor. Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!.Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado. Com minha benção apostólica.

 + Francisco

Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 201